domingo, 11 de setembro de 2011

O NOSSO AMIGO ARI E A LÓGICA

Aplaudimos de pé a lista da revista Forbes com “N” sujeitos entre os “alguns” mais ricos do mundo, pena não estenderem seus lucros aos milhares vivendo na miséria periférica do planeta. Já temos até nomes brasileiros encabeçando a lista, todavia ainda vendemos o almoço para comprar a janta porque este crescimento econômico não nos alcançou e não nos alcançou porque não houve distribuição de riqueza.

Aplaudimos porque temos estes sujeitos “bem sucedidos” como exemplo a seguir, afinal de contas, queremos “nos dar bem na vida” daquele mesmo jeito para saciar todos os nossos desejos materiais. E eles, não repartem o bolo porque assim como nós, seguem a lógica do lucro, da riqueza e dos bens materiais como felicidade. Essa é a moral dos nossos tempos: Uma moral individualista, capitalista e egocêntrica.

E o que tem o tal do Aristóteles com isto? A lógica trata do raciocínio do homem e iluminado filósofo estudou a lógica. Mas e nós, como usamos a lógica do “Ari” na nossa vida?

Nós somos o Aristóteles contemporâneo porque seguimos uma lógica consumista e uma moral corporativista da competição capitalista que nos empurra para o precipício de uma sociedade cada vez mais individualista: a sociedade do “eu”, do “meu”, do dogma da propriedade privada. Via de regra, somos solidários a nossa família, mas não estendemos nossa prosperidade ao menor de rua, ao morador de rua, ao “peão”, ao “bóia-fria” e as famílias carentes.

Devemos pregar uma moral fraterna, um desejo firme e fiel de prosperar sim e distribuir, mas não de acumular. Devemos estender a fraternidade a toda sociedade, não apenas ser fraternos com nossos entes queridos porque somos uma só sociedade em um só planeta. Como dizia o “Ari”, somos seres sociais e dependemos uns dos outros para sobreviver.

Devemos repensar essa lógica da nossa vida. Enquanto os desejos individuais estiverem acima dos desejos sociais, haverá desigualdade social, exclusão social, segregação e miséria. Lutemos por políticas de distribuição de renda mais efetivas, lutemos não só pela igualdade de direito ou política, mas lutemos também pela igualdade econômica que o Ari vai nos agradecer.

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