tag:blogger.com,1999:blog-24323082225497506542024-03-08T07:01:10.103-08:00EVOLUÇÃO DA REVOLUÇÃOEvolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-62447031265535005772014-09-11T18:45:00.001-07:002014-09-11T18:45:59.295-07:00MARINA: MAIS NEOLIBERAL QUE AÉCIOAutonomia se diferencia de independência (Dieese,2005). Enquanto a independência daria ao BC a possibilidade de implantar políticas monetárias sem discussão prévia com nenhuma esfera de poder, a autonomia significaria, por exemplo, possuir mandatos estáveis para sua diretoria, sem que o dirigente possa ser demitido a qualquer momento – a não ser em circunstâncias extraordinárias.
O programa de governo de Marina é extremo na questão: expressa tanto à necessidade de um BC autônomo, quanto independente (p. 46). Em seu discurso, Marina fala que um “BC independente significa que nenhum político corrupto vai usar o sistema bancário a seu favor”. Na verdade, é o contrário.
Aqui no mundo real, os bancos mandam nos políticos através dos financiamentos de campanha, e isso é a maior fonte de corrupção do Brasil. O que Marina planeja é “entregar diretamente o poder nas mãos dos banqueiros e acabar com intermediários. Ou seja, em vez de receber o dinheiro da corrupção das mãos dos políticos, os empresários do sistema financeiro poderão se servir diretamente da fonte dos recursos públicos. Se eu fosse banqueiro, iria adorar essa ideia" (José Vieira).
Já o programa de governo de Dilma defende a autonomia operacional do Banco Central e argumenta que a economia precisa ser dirigida por aqueles que são eleitos. Afirma também que o BC já tem autonomia operacional.
Com a sombra da bilionária banqueira Neca Setúbal do Itaú manipulando, e ainda com um programa de governo difuso, teórico, incoerente e cheio de erratas; Marina consegue ser mais neoliberal que Aécio, com este extremismo econômico que beneficia, legaliza e institucionaliza a corrupção financiada nas campanhas eleitorais pelos bancos. Afinal de contas, elegemos governos para nos representarem com políticas econômicas de interesse de toda a população, vivemos em uma democracia representativa.
Com Marina, ganham os banqueiros e os investidores internacionais, perde o resto da população e a democracia para uma medida oportunista e interesseira, com argumentos incoerentes e hipócritas diante da necessidade primária e estrutural de reforma política.Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-32144935451458735122014-09-11T18:44:00.001-07:002014-09-11T18:44:23.233-07:00OS AVIÕES E A POLÍTICAEm um "11 de setembro" dois aviões atingiram as torres gêmeas, entretanto, constantemente os EUA invadem soberania de outros países para levar a "democracia" e a "ordem" (e trazer petróleo).
Um avião quase derrubou Bill Clinton. Bom, Monica Lewinsky estava mais para um teco-teco... mas tudo bem.
Já no Brasil, FHC, histórico puxa-saco do Clinton, adorava um avião, tanto que seu apelido era Viajando Henrique Cardoso.
Aécio não ficou para trás e construiu um aeroporto no sítio da família com nosso dinheiro, agora o tucano voa tão baixo nas eleições que já pode pousar em Cláudio mesmo.
Os Mamonas não morreram em vão naquele acidente aéreo, foram citados em um selfie com o Malafaia (cado eleitoral de Marina) dentro de outro avião com os seguintes dizeres: "abra sua mente, gay também é gente".
Campos voou, caiu, nos deixou e lá do além mandou 2,5 milhões para campanha de Marina. Só esqueceu de mandar o nome do proprietário do avião comprado com dinheiro sujo.
Já Marina, coitada, muito sem sal. Não se pode chamar a coitada de avião. Talvez um balão desgovernado, confuso, sem rumo e indo para onde vento sopra.
O que posso concluir é que Santos Dumont é o maior cabo eleitoral do Brasil, maior até que Lula.Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-60391369343511393602014-09-08T15:27:00.005-07:002014-09-08T15:29:36.248-07:00MARINA: A TERCEIRA VIA BRASILEIRAA terceira via ao estado de bem-estar social e ao neoliberalismo surgiu na Europa, tentou reconciliar direita e esquerda, com políticas econômicas ortodoxas e políticas sociais progressistas.
Na década de 1990, a terceira via ganhou espaço com Blair na Inglaterra e Clinton nos EUA. Entretanto, já no início dos anos 2000 perdeu espaço nos EUA e na Inglaterra quando Blair sofreu forte pressão da mídia e da opinião pública. A terceira via foi arrasada nas urnas.
Ressalto que a meu ver, a decadência se explica: a terceira via foi o desespero diante da ineficácia do neoliberalismo para atingir seus objetivos e a ineficiência do Welfare State quanto à organização da economia e recursos. É necessário saber que eficácia e eficiência são conceitos que saíram dos modelos de gestão privada (das empresas) e foram adotados ao novo modelo de gestão pública da década de 1990.
Este modelo gerencial da gestão pública fazia parte da reforma do Estado que foi o norte da terceira via.
Ao tratar do Brasil, primeiro deixo claro que não considero o governo FHC como precursor da terceira via no Brasil, mas instaurador-mor do neoliberalismo no país. Já as propostas da terceira via europeia eram vagas e imprecisas (qualquer semelhança com Marina não é mera coincidência). Também houve um abismo entre discurso e a prática, principalmente no que se refere à participação popular e a falta de coerência (qualquer semelhança com Marina não é mera coincidência).
Giddens (p.30) afirmava naquela época que “uma minoria considerável já não vota e está essencialmente fora do processo político. O partido que mais cresceu ao longo dos últimos anos não é parte da política em absoluto: o ‘não-partido dos não-votantes”. A conjuntura inglesa vivida por Giddens foi parecida com a conjuntura brasileira atual: desilusão com a política, necessidade de uma “nova política” e crescimento da negação da política.
Em resumo, a “nova política” de Marina não tem nada de novo. Sua força está na emoção do momento e não na razão de um programa de governo de 4 anos. Para Marina governar, terá que atender contraditoriamente aos interesses de banqueiros e do agronegócio.
Assim como a terceira via, a “nova política” de Marina representa emocionalmente o distanciamento de tudo que há de ruim na política. Entretanto na prática, a candidata recebe investimento privado como todos os outros e tem como vice um representante do agronegócio. Inclusive, caso seja eleita e opte por defender suas ideias, terá que enfrentar o seu vice para ser sustentável e frear o agronegócio.
Marina é excelente pessoa, assim como há outros candidatos que também são. Todavia, não se trata da pessoa, mas do projeto.Nem o Papa Francisco com toda a sua moral, resolverá a corrupção no Brasil sem reforma política. Até o Papa teria que ter um projeto para o Brasil. Sem reforma política, Marina terá que enfrentar diversos escândalos de corrupção que cairão sob suas costas. Sem partido, sem satisfazer os interesses dos banqueiros, do agronegócio e empresas que a financiaram, devemos ficar atentos para o seu vice que é quem pode acabar terminando o mandato. Qualquer semelhança não será mera coincidência.
Fonte: A Terceira Via – Anthony GiddenEvolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-38668548774743354122012-06-08T06:45:00.000-07:002012-06-08T06:45:06.104-07:00É TUDO UM GRANDE ESPETÁCULOVocê já ouviu alguém dizer que “o ano voou” ou ainda, que o tempo está passando rapidamente, como de fato, somos pescadores.
Não vivemos mais em comunidades, vivemos numa sociedade globalizada que prega o isolamento na frente da TV, do computador, celular, etc. O tempo destinado ao isolamento é cada vez maior, o tempo destinado ao convívio familiar ou ao bate-papo com os amigos é cada vez menor.
O capitalismo seleciona e apenas há espaço para os melhores, o espaço para se apresentar (viver) neste espetáculo globalizado é cada vez menor e o que resta ao sujeito é assistir. Somos espectadores, alienados, contemplando objetos, histórias de vida da ficção ou “reality shows”. Todavia, quanto mais se contempla, menos se vive a própria vida. É por isso que a vida é curta, “o tempo voa” e muitos não compreendem a própria existência, não vivem os próprios desejos e as vidas as passam vazias.
Estas multidões solitárias formam o que o filósofo francês Guy Deboard chamou de “sociedade do espetáculo”, uma sociedade em que até as guerras são transmitidas em tempo real pelos canais televisivos.
Vivemos em um mundo de espetáculo, de assistir a vitória do time do coração como se fosse uma grande vitória em nossas vidas. Pulamos de alegria, afinal o vilão da novela “se deu mal”. Entretanto, as vidas continuam vazias e fundadas em nossa individualidade, e ainda continuamos pescando.
É esta alienação que consome as vidas, quando é que vamos acordar do sono e viver a nossa vida? Quando teremos sentimentos próprios? “Pescar” pode ser um termo utilizado para especificar a extração natural do peixe para consumo, mas também pode ser utilizado para especificar o que realmente somos nas palavras de Falcão: “pescadores de ilusão”.Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-30169423108018369142012-03-25T10:16:00.000-07:002012-03-25T10:16:13.618-07:00O FIM DAS RELIGIÕESO fim das religiões não significa o fim da religiosidade, mas o fim das igrejas e templos com seus líderes messiânicos que desde os primórdios da humanidade lideram grupos sociais pelo fato de terem uma ferramenta em mãos: a filosofia do poder da mente humana. Esta filosofia é que impulsiona o desejo, a vontade do ser humano de alcançar, conseguir, obter ou ter algo para além do alcance material humano. Este pensamento positivo é chamado de fé ou força de vontade que é alimentada pela crença em algo, crença que vem da auto-ajuda das igrejas e templos religiosos. <br />
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O ser humano precisa acreditar em algo para ir além dos seus horizontes e condições de vida, isto porque o ser humano tem uma natureza inquieta e insatisfeita que não o deixa ter uma felicidade plena, a vida material não traz felicidade plena e apenas a vida de espiritual pode proporcionar esta felicidade, haja visto que felicidade é estado de espírito e não estado material. Mas este ser humano é matéria e por isto busca incessantemente deixar de ser matéria corporal física e alcançar a forma espiritual. A religião serve para alimentar a crença humana em algo espiritual, mas ao mesmo tempo aliena este da realidade material em que vive, do caos social instalado pelo capital que domina e detém os meios materiais sob a forma de produção.<br />
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Conforme a ciência avança, proporcionalmente as religiões sofrem uma mutação. Esta mutação se deve as novas descobertas da ciência frente a velhos mitos e misticismos. Todavia, como o avanço da ciência está atrelado e a serviço do capital, esta mutação religiosa também se deve a era do capital, ou seja, as religiões da contemporaneidade tem um caráter econômico em que prestam um serviço de vender a auto-ajuda, a força de vontade ou a fé ao indivíduo.<br />
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Eis o que são as religiões e diversas igrejas da contemporaneidade, não são mais construídas de inquisiões e do medo, não tem mais o poder político justamente devido ao avanço científico e filosófico do século XIX, porém são formas de vender o germe da felicidade, de vender o combustível para algo superior a vida terrena que tanto incomoda.<br />
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Consequentemente, o que se apresenta para o futuro é uma religião baseada na auto-ajuda, no pensamento positivo, na porta para o espiritualismo e bem-estar frente ao caos social ordenado pelo capital. Uma alternativa de alienar-se que será paga como prestação de serviços...Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-56549354431269806662011-09-11T11:37:00.000-07:002011-09-11T11:37:56.011-07:00ONDE FOI QUE EU ERREI?Há uma pressão cada vez maior para viver em nossa sociedade que exige boa aparência, bons estudos e muito esforço para vencer, para ser o melhor e o primeiro. O capitalismo é competitivo e não há lugar para todos, neste sentido é que educamos desde cedo os jovens para o mercado de trabalho que é cada vez mais competitivo. <br />
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Essa educação se torna cada vez mais padronizada e cada vez menos há o contato corpo a corpo ou a relação afetiva entre pessoas, e ainda, verifica-se um crescente distanciamento e individualismo entre alunos, professores e familiares. Isso porque o que se vê é uma educação que visa a competição, seguindo a lógica da batalha mercadológica dos nossos tempos.<br />
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É desta forma que o Brasil entrou para o “mercado” dos produtores de jovens suicidas, assassinos ou psicóticos. Como de fato, isto não é mais privilégio da sociedade norte-americana, nós também já temos nossos próprios jovens “kamikazes” entrando em escolas e realizando atentados contra a vida, matando conforme o vídeo-game os ensinou desde pequenos. <br />
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Seja para noticiar ou piorar a situação, o espetáculo mórbido é apresentado pelos canais televisivos, afinal isto dá audiência e audiência significa patrocinadores, viva as “reality” tragédias...<br />
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Muitos dirão que é inexplicável, outros afirmarão que é inaceitável, todavia, este é o mundo globalizado que pressiona seus jovens por resultados. Entretanto, sozinhos muitos desses jovens não suportam e se alienam em drogas, ou ainda há aqueles que desistem e resolvem dar fim em tudo, neles mesmos e no mundo. Daí oriundam tais jovens que alimentam o tráfico nas escolas, as agressões aos outros alunos, aos professores e a tantas famílias. <br />
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Esses jovens são o reflexo da nossa sociedade, o reflexo da sociabilização e educação que demos a eles, enfim, esses jovens são reflexo de nós mesmos. Será que vale a pena? Será que é isto que queremos para nossos jovens e para a sociedade? Esse não o mundo em que vivemos, é o mundo que fizemos, vamos continuar nossa obra? Precisamos repensar onde foi que nós erramos.<br />
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Diante de tantas interrogações, é necessário dar a primazia da atenção à família e dar proteção social aos jovens, de modo a fortalecer os laços e vínculos sociais de pertencimento dos jovens à família, a comunidade e a sociedade em geral. Só assim eles não se sentirão sozinhos, abandonados ou pressionados. <br />
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É necessário investimento por parte do poder público nas escolas, que devem ter assistentes sociais e psicólogos capacitados, de modo a trabalhar o sentimento de pertencimento que é fundamental nos jovens, nas famílias e em toda sociedade. Caso contrário, as interrogações irão continuar.Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-29376537289077230752011-09-11T11:32:00.000-07:002011-09-11T11:32:52.274-07:00COITADOS DOS NOSSOS NETOS...Tratamos violentamente a natureza como fonte de consumo e consumismo, exploramos e devolvemos a ela imensa quantidade de lixo. Os reflexos estão cada vez maiores e mais catastróficos.<br />
A cada dia crescem as mortes causadas pelas catástrofes naturais, culpamos os políticos, o poder público que realmente têm sua parcela de culpa, mas somos tão hipócritas que até o momento não nos culpamos. <br />
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Temos fé na força Superior, todavia somos reféns da ciência, do falso progresso dos PIBs, do capitalismo monopolista, etc. Isso tudo sem respeitar a natureza, esta coitada é deixada para segundo plano. <br />
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Neste sentido, temos nossa parcela de culpa nas tragédias naturais recentes. A sociedade precisa respeitar a ordem natural do planeta e fazer sua parte, tendo em vista as tantas mortes causadas pelo desequilíbrio natural.<br />
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Precisamos buscar esse equilíbrio entre homem e natureza e não somente sonhar com um PIB maior, também precisamos buscar não só a responsabilidade social, mas também efetivar a cultura da responsabilidade natural.<br />
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Parecemos estar num sono profundo perante tudo isto, haja visto que apesar de muitos morrerem diariamente nos tsunamis, nos deslizamentos ou nas enchentes, ficamos perplexos com tais espetáculos na televisão que parecem mais filmes de Hollywood. <br />
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Mas pena que a nossa perplexidade e espanto só incomodam a nossa consciência até a noite chegar. Afinal de contas, amanhã temos que trabalhar cedo e dormiremos logo, porque só trabalhando vamos comprar o carro zero (que polui), e ainda deixar o lixo lá fora porque o lixeiro passa amanhã de manhã. Se é muito lixo? E que se vire o lixeiro com nosso lixo. <br />
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Não agimos, não fazemos nada, estamos dormindo perante a realidade e o que resta é ter dó, coitados dos nossos netos...Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-29694007273338311712011-09-11T11:30:00.000-07:002011-09-11T11:30:06.109-07:00O NOSSO AMIGO ARI E A LÓGICAAplaudimos de pé a lista da revista Forbes com “N” sujeitos entre os “alguns” mais ricos do mundo, pena não estenderem seus lucros aos milhares vivendo na miséria periférica do planeta. Já temos até nomes brasileiros encabeçando a lista, todavia ainda vendemos o almoço para comprar a janta porque este crescimento econômico não nos alcançou e não nos alcançou porque não houve distribuição de riqueza.<br />
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Aplaudimos porque temos estes sujeitos “bem sucedidos” como exemplo a seguir, afinal de contas, queremos “nos dar bem na vida” daquele mesmo jeito para saciar todos os nossos desejos materiais. E eles, não repartem o bolo porque assim como nós, seguem a lógica do lucro, da riqueza e dos bens materiais como felicidade. Essa é a moral dos nossos tempos: Uma moral individualista, capitalista e egocêntrica.<br />
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E o que tem o tal do Aristóteles com isto? A lógica trata do raciocínio do homem e iluminado filósofo estudou a lógica. Mas e nós, como usamos a lógica do “Ari” na nossa vida?<br />
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Nós somos o Aristóteles contemporâneo porque seguimos uma lógica consumista e uma moral corporativista da competição capitalista que nos empurra para o precipício de uma sociedade cada vez mais individualista: a sociedade do “eu”, do “meu”, do dogma da propriedade privada. Via de regra, somos solidários a nossa família, mas não estendemos nossa prosperidade ao menor de rua, ao morador de rua, ao “peão”, ao “bóia-fria” e as famílias carentes.<br />
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Devemos pregar uma moral fraterna, um desejo firme e fiel de prosperar sim e distribuir, mas não de acumular. Devemos estender a fraternidade a toda sociedade, não apenas ser fraternos com nossos entes queridos porque somos uma só sociedade em um só planeta. Como dizia o “Ari”, somos seres sociais e dependemos uns dos outros para sobreviver. <br />
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Devemos repensar essa lógica da nossa vida. Enquanto os desejos individuais estiverem acima dos desejos sociais, haverá desigualdade social, exclusão social, segregação e miséria. Lutemos por políticas de distribuição de renda mais efetivas, lutemos não só pela igualdade de direito ou política, mas lutemos também pela igualdade econômica que o Ari vai nos agradecer.Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-18503110435133787202010-08-25T07:18:00.002-07:002010-08-25T07:21:55.409-07:00TRABALHAR PARA VIVER OU VIVER PARA TRABALHAR?Todos nós possuímos desejos diferentemente variados, sejam eles para o momento ou para o futuro, o que é saudável, mas na sociedade em que vivemos todos os desejos estão atrelados ao desejo de consumo, o que significa manter-se na moda, usar determinadas marcas, para assim ter status e viver, conforme rege hegemonicamente a sociedade do consumo. <br /><br />Para consumir precisamos ter dinheiro e isto significa trabalhar para consegui-lo, foi o que Antônio fez a vida toda. Ele era um trabalhador que todos os dias fazia hora-extra, trabalhava aos finais de semana, era elogiado pelos superiores e até há pouco tempo tinha motivos para se alegrar, porque recebia bem para isto e ainda lutou a vida toda para estar onde estava. Contudo, o fiel trabalhador está muito triste, porque apesar de ter comprado seu carro popular usado, ano 97, em bom estado de conservação e de se tornar refém de um financiamento de duas décadas para comprar uma nova casa, Antônio passou muitas horas trabalhando e não viu os filhos crescerem, não participou das datas festivas da família, perdeu muitos momentos da vida familiar, comunitária e social, momentos que não voltarão. Hoje Antônio tem seu carro para poder sair com os amigos, pode se dar ao luxo de talvez até fazer um churrasco no final do ano, quando terá uma folga, mas alguns amigos já não moram mais na sua cidade e outros estão trabalhando como ele.<br /><br />Antônio hoje está doente e pensa em vender o carro para pagar um tratamento de saúde particular, agora ele sabe que o trabalho excessivo adoece, mas o que agravou a doença do nosso amigo é saber que graças ao seu esforço no trabalho o seu chefe vai vender a empresa para se mudar para o Litoral, onde comprou uma casa de praia e fará uma grande festa para comemorar com a família. A mulher se separou de Antônio porque ele não tinha tempo para ela e nem para os filhos. Agora Antônio está sozinho, deprimido, estressado e tem medo de ser demitido pelo seu novo chefe.<br /><br />Por esta história podemos perceber que consumo é realização momentânea que não traz realização plena justamente pela momentaneidade, daí decorrem as grandes frustrações da nossa sociedade: depressão, estresse, angústia e culpa. Vivemos hoje um período de intenso materialismo em que qualquer cidadão sente um desejo, senão, necessidade de consumir, de comprar e gastar, mas até quando seguiremos esta lógica da sociedade em que a disputa, a corrida e o extremo individualismo prevalecerão? Em que as vidas são vendidas ou prostituídas nas relações de trabalho, em que excessos e esforços não são medidos e a família é deixada em segundo plano?<br /><br />É o que o nosso amigo se pergunta hoje, ele errou porque se esqueceu o quanto é curta a vida, se esqueceu de aproveitar as pequenas coisas da vida, não compensou o trabalho com o passeio de bicicleta com os filhos, se esqueceu do xadrez que os amigos de infância realizavam todo domingo à tarde e há décadas “pendurou as chuteiras” e largou o futebol do fim de semana. Antônio não trabalhou para viver, entretanto, podemos dizer que ele viveu para trabalhar.Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-68308869025237167112010-08-25T07:18:00.001-07:002010-08-25T07:29:37.740-07:00Uma citação de Guerra muito me chamou a atenção:<br /><br />A formação profissional do assistente social tem que ser analisada no contexto das relações sociais mais amplas que movimentam a ordem burguesa constituída, das demandas e requisições que o mercado de trabalho nos coloca neste final de milênio e, ainda, das tendências do movimento da realidade, das respostas que estão vindo da sociedade civil, dos movimentos sociais, sindicais e populares (Guerra, 1997).<br /><br />É desta forma que um movimento social é reflexo da sociedade civil e o assistente social deve compreender as relações sociais advindas deste contexto para descobrir, compreender e atender as demandas sociais de um movimento social.Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2432308222549750654.post-14315261367207501402010-08-25T07:17:00.000-07:002010-08-25T07:30:39.552-07:00REFLEXOS DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: OS EFEITOS DA PADRONIZAÇÃO, A NEGAÇÃO INCONSCIENTE DO “SER SUJEITO”Na contemporaneidade da sociedade capitalista, como síntese do desejo inconsciente individualista-dominante do “todo social” que constrói continuamente o sistema dominante e vigente a partir de uma hegemonia da esfera econômica que implica ao sujeito dominar e ser dominado muitas são questões que merecem reflexão.<br /><br />Este ser dominado advém do desejo de domínio que sintetiza-se rumo a uma autonomia global frente à sociedade como um todo. Desta forma, observo alguns reflexos e efeitos sociais, dentre os quais, os reflexos da padronização na totalidade social.<br />A esfera econômica, hegemônica sobre todas as outras desde sua ascensão no seio da classe burguesa por meio da acumulação primitiva, exige para manutenção de sua própria existência, a produção e o consumo, o que implica estar sempre criando meios, formas, técnicas e tecnologias. <br /><br />Neste contexto histórico-social, dentre os vários modelos de expropriação e acumulação de capital, emergiu a padronização, onde padronizar é o “parece ser”. Deste modo, temos uma sociedade do “ter” que “parece ser” e não do “ser” que implica emancipação do indivíduo frente à vida social, ou seja, ser sujeito. Todavia, não busco uma reflexão economicista da ou na economia ou produção, mas dos e nos efeitos da padronização na esfera social.<br /><br />Todavia, padronizar a vida na sua totalidade social, é aceitar o que vem de fora de forma proporcionalmente acrítica, ou seja, na mesma proporção em que por meio da ideologia dominante e alienante nos tornamos mais padronizados, mais acríticos ficamos e quanto menos senso crítico temos, mais alienados nos tornamos frente à sociedade espetacular. Somos indivíduos que acreditam serem sujeitos, mas que não são de fato, apenas acreditam, porque são sujeitos do espetáculo (Deboard). O “ser sujeito” está sendo mascarado de forma espetacular ao passo que ele também parecer ser, mas não o é de fato. <br /><br />Frente ao movimento de padronização da vida está o indivíduo ou o sujeito espetacular que nega a si, nega sua essência ao espelhar-se nos padrões sociais de beleza, estética, comportamento e consumo que são vomitados pelas propagandas também padronizadas, onde recebe desejos, necessidades e valores modelados e padronizados e opções de escolha que lhe são dadas arbitrariamente e imparcialmente geradas do sistema e para o sistema, buscando a morte do seu “eu” em prol destes padrões, despersonalizando o indivíduo ou sujeito espetacular que proporcionalmente torna-se mais alienado. Desta negação inconsciente que é o desejo individualista-dominante do “todo social”, que se formou e se forma a alma do sistema vigente erguido sob a esfera econômica na contemporaneidade.Evolução da Revolução - Marcelo Rochahttp://www.blogger.com/profile/06427656826722007832noreply@blogger.com0